Os métodos contraceptivos trouxeram para as mulheres a oportunidade de escolher o momento em que desejam engravidar, quantas gestações querem ter ou, ainda, não engravidar. Além disso, alguns deles também podem ser usados como forma terapêutica no tratamento de problemas de saúde, como a endometriose.
Hoje, somados a todos os benefícios, está a alta taxa de segurança. “O aumento da eficácia dos métodos leva as mulheres a terem mais liberdade e tranquilidade na sua vida sexual”, comenta a ginecologista e membro da Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Dra. Cristina Aparecida Falbo Guazzeli. Ela comenta que, hoje, o mercado oferece muitos métodos contraceptivos e que nem sempre todos eles são conhecidos pelas mulheres.
“Atualmente, temos dado muita atenção e importância ao aconselhamento. A informação deve ser dada sobre todos os métodos contraceptivos que existem e quais a paciente pode utilizar. Isto sempre é feito em conjunto com o ginecologista e a sua paciente”, destaca.
Os contraceptivos também podem ser utilizados por mulheres que desejam cessar ou diminuir a menstruação. É o que afirma a obstetra e mastologista, membro do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, Dra. Mariana Rosário. Neste caso, mais uma vez, a orientação é importante porque existem algumas contraindicações.
“Quando uma mulher vai iniciar ou trocar um anticoncepcional, é necessário avaliar os hormônios que ele contém e a história da paciente. Uma mulher que é tabagista, por exemplo, não pode usar determinados tipos de hormônio; uma mulher com risco de trombose não pode usar outros”, exemplifica.
Uso responsável
Alguns contraceptivos apresentam contraindicações, por isso, cada paciente precisa ser individualizada. Há necessidade de orientação, de se conversar com a mulher. Saber se há alguma doença ou alguma medicação em uso.
“Um exemplo bem comum seria o caso de mulheres hipertensas que usam as pílulas combinadas, pois apresentam dois hormônios (progestagênio e estrogênio). Nestas mulheres, há contraindicação para o uso deste método, pois pode piorar seu quadro clínico. Mas existe outra pílula que contém apenas um hormônio (progestagênio) e que poderá ser utilizada. Outro exemplo é o de uma paciente que tem um útero com muitos miomas que alteram a cavidade uterina. Ela tem contraindicação para usar o Dispositivo Intrauterino (DIU)”, esclarece a Dra. Cristina.
Portanto, é necessário reforçar que a mulher precisa procurar orientação médica antes de adotar um método contraceptivo, porque não é tudo que pode ser usado por qualquer pessoa.
A ginecologista e obstetra da Clínica Arthé, Dra. Loreta Canivilo, faz o alerta com outros exemplos. “Mulheres com pressão alta ou cefaleia em aura, por exemplo, são devem tomar um hormônio combinado. Já o DIU, por exemplo, só pode ser usado por quem já teve relação. Temos uma série de possibilidades, mas para cada uma delas, existe um cenário adequado”, comenta.
Fonte: Guia da Farmacia
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